18 de diciembre de 2012

Portugal y España se unen en una iniciativa inédita por el futuro de la Investigación Científica


En España y Portugal, el 19 Diciembre es un día de lucha por el futuro de la Investigación Científica y de sus trabajadoras.


La Associação de Combate à Precariedade – Precários Inflexíveis (PT), ATTAC de la UCM (ES), Economía Alternativa (ES), Juventud SIN Futuro (ES) y la Oficina Precaria (ES) se unen en este día para denunciar la ofensiva de recortes en la financiación pública de la investigación, en las becas de doctorado y pos-doctorado, la creciente precarización y la eterna condición de becario de quien trabaja en la investigación en estos países. Este es el motivo conjunto de denuncia que lleva a las Bolseiras y Becarias a salir a la calle en protesta.

Después de la suscripción a la Carta Abierta “Sem Ciência não há Futuro” por más de 3000 personas en Portugal, ha sido lanzada en el Estado Español, la “Carta Abierta por la Ciencia en España”. En ambas se relata la realidad de la Investigación Científica y de las condiciones de quien hace Investigación, y se apuntan medidas urgentes para acabar con las injusticias vigentes en las relaciones laborales, y para un mayor compromiso de los dos países con su financiamiento y planeamiento. La Investigación e Innovación Tecnológica son el motor que nos puede ayudar a salir más rápidamente de esta crisis, y por eso deberían ser un objetivo primordial de la inversión pública, como lo es en varios países de Europa.

Desde otros países europeos nos llegan distintos ejemplos de la política de devastación de la ciencia que está llevando a cabo en la Península Ibérica. En el año 2005 fue lanzada la Carta Europea del Investigador, que defiende, por ejemplo, que las investigadoras deben tener contratos de trabajo, que les permitan obtener derechos sociales como a cualquiera otro trabajador, y también una perspectiva de progresión en la carrera. También la Comisión Europea ha denunciado la precariedad extrema de las becarias españolas. Sin  embargo, estas medidas y denuncias no pasan de directivas cuya ratificación queda en mano de cada gobierno y/o institución.

En Portugal, seguimos esperando una respuesta del Ministro de Educación y Ciencia, Nuno Crato, a la Carta Abierta que le fue entregue en Octubre pasado. En España, el Gobierno ignora de forma continuada tanto las numerosas protestas ciudadanas que semanalmente salen a las calles, como las recomendaciones de expertos que advierten de los graves consecuencias que se pueden derivar de los recortes (de más del 25%) en investigación. Nuestros Gobiernos no son conscientes de la importancia de impulsar la investigación en todas sus disciplinas, porque la investigación NO ES UN GASTO, ES UNA INVERSIÓN. Una inversión en formación de capital humano y en una mejora del bienestar para el conjunto de la sociedad.

Las bolseiras y precarias, nos unimos por el reconocimiento de la relación laboral, por una carrera de Investigación Científica que dignifique la investigación de excelencia que todos los días es producida en los Institutos y Universidades de nuestros países.


Versión en portugés

Em Espanha como em Portugal, dia 19 de Dezembro é um dia de luta pelo futuro da Investigação Científica e dos seus trabalhadores.
Associação de Combate à Precariedade – Precários Inflexíveis (PT), a Comissão de Bolseiros da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (PT), a ATTAC Universidad Complutense Madrid (ES), a Economía Alternativa (ES),  a Juventud sin Futuro (ES) e a Oficina Precaria (ES) juntam-se neste dia para denunciar a ofensiva nos cortes do financiamento público da investigação, nas bolsas de doutoramento e pós-doutoramento, a crescente precarização e a eterna condição de bolseiros de quem trabalha em investigação nestes países. Este é o motivo conjunto de denúncia que leva os/as bolseiros/as e becarios/as a sair a protestar.
Depois da subscrição da Carta Aberta “Sem Ciência não há futuro” por mais de 3000 pessoas em Portugal, foi lançada no Estado Espanhol a “Carta Abierta por la Ciencia en España”. Em ambas relata-se a realidade da Investigação Científica e das condições de quem faz Investigação, e apontam-se medidas urgentes para acabar com as injustiças vigentes nas relações laborais, e para um maior comprometimento dos países  com o seu financiamento e planeamento. A Investigação e Inovação Tecnológica são o motor que nos pode ajudar a sair mais rapidamente de esta crise, e por isso deveriam ser um objecto primordial de investimento, como o são em vários países da Europa.
De outros países europeus chegam-nos exemplos distintos da política de devastação da ciência que está a ser seguida na Península Ibérica. Em 2005 foi lançada a Carta Europeia do Investigador, que defende, por exemplo, que os investigadores devem ter contratos de trabalho, que lhes permitam direitos sociais como quaisquer outros trabalhadores, e também a perspectiva de progressão na carreira. Também a Comissão Europeia já denunciou a precariedade extrema a que os bolseiros espanhóis estão sujeitos. No entanto, estas medidas e denúncias não passam de directivas cuja a ratificação fica à consideração de cada governo e/ou instituição.
Em Portugal, ainda esperamos uma resposta do Ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, à Carta Aberta que lhe foi entregue em Outubro passado. Em Espanha, o governo ignora de forma continuada tanto os inúmeros protestos cidadãos que semanalmente saem à rua, como as recomendações de peritos que advertem acerca das graves consequência que podem ter os cortes orçamentais, de mais de 25%, na investigação. Os nossos governos não estão conscientes da importância de impulsionar a investigação em todas as suas disciplinas, porque a investigação NÃO É UM GASTO, É UM INVESTIMENTO. Um investimento em formação de capital humano e na melhoria do bem-estar do conjunto da sociedade.
Bolseiros/as e Becarios/as, juntam-se pelo reconhecimento da relação laboral, por uma carreira de Investigação Científica que dignifique a investigação de excelência que todos os dias é produzida nos Institutos e Universidades dos nossos países.